O verbo
haver é uma pegadinha quando ele está no sentido de “existir” e confunde
bastante para a conjugação. Observe a dica para nunca mais confundir:
Se o verbo
haver está no sentido de “existir”:
Haverá alterações
na prova.
Existirão alterações
na prova.
Ocorrerão
alterações na prova.
- Mesmo que
o verbo “existir” complemente o plural do substantivo, o verbo haver é uma
exceção. Conforme a regra, não é correto dizer “haverão alterações”, mesmo no
plural.
A regra é
clara, Arnaldo. Toda regra tem exceção.
Por quê?
Bom, no sentido de existir (ou ocorrer) o verbo haver é impessoal, ou seja,
“não tem” sujeito e permanece no singular. O verbo “existir” e o verbo “ocorrer”
têm sujeito.
Que sujeitinho
esperto!
Quando se
fala em tempo, o verbo “haver” permanece invariável, também é regra:
Há muito
tempo o encontrei na ponte.
Há dez anos
que não o vejo.
Pelo amor!
Não escreva “a muito tempo”, pois o verbo precisa do “h”, senão fica sem sentido. Ou
“há anos atrás”, pois se aconteceu há anos, é claro que foi no passado,
portanto o “atrás” é um pleonasmo. Escreva: “há anos” ou “anos atrás”.
Entretanto,
há vezes que é correto a conjugação no plural, no sentido de “ter”:
Eles haviam
comprado papel.
Eles tinham
comprado papel.
Pelo amor²!
Não é correto dizer “nada haver” porque o verbo (lembra, do sentido de
“existir”, “ter” e outros?) sugere com a conjugação errada o que “está em
haver” monetariamente, ou seja, nada há... não se encaixa no sentido da
expressão “não tem a ver com isso”. No sentido que me incomoda muito quando
escrevem, o correto é “nada a ver”, pois tem sentido de “ter relação com”, “diz
respeito”, ou seja, nada se vê em relação aos assuntos.
Obrigada por
aprender comigo, há muito tempo quero esclarecer essas dúvidas.
Música do dia: Pure as snow - Mono
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